“FANTASMAS DO IMPÉRIO” a 3 de Junho nos cinemas

O documentário luso-francês, realizado por Ariel de Bigault, chega às salas nacionais para mostrar como o cinema pode ser arma contra a ignorância e o esquecimento.

A 3 de Junho chega às salas nacionais “Fantasmas do Império”, documentário da realizadora Ariel de Bigault sobre os retratos do colonialismo português no grande ecrã.

A história imperial tem sido contada e reinventada pelo cinema português. “Fantasmas do Império” percorre esse mesmo imaginário, desde o início do século XX, atravessando um século de história cinematográfica.  Aos documentários e ficções do passado colonial contrapõem-se filmes e olhares contemporâneos. Viaja-se pela dicotomia entre obras que obedeceram aos ideais do regime, passando a ideia de uma sociedade saudável e próspera nas antigas colónias portuguesas, e obras mais recentes que, com um olhar mais distante e crítico sobre a colonização, contrastam fortemente com os filmes do passado colonial e expõem à luz a discriminação, a opressão e a violência desse período. E é precisamente esse contraste que Ariel de Bigault quis explorar.

“O olhar sobre as colónias foi mudando. Mesmo na propaganda salazarista o discurso evoluiu na forma de filmar e contar a dominação colonial. Assim se foi construindo a ficção do não-racismo português e da convivência entre colonizadores e colonizados. As poucas e notáveis exceções foram filmes censurados pelo regime. E no pós-25 de Abril, ficou um silêncio, porque ninguém queria falar desse passado colonial, que a mim interessou muito. Quis explorar principalmente as obras de vários cineastas que trouxeram outras narrativas, perspetivas diferentes, olhares críticos. Esta longa e complexa história, estas memórias e imaginários, são património comum e merecem ser descobertos, ou redescobertos”, afirma a realizadora.

“Fantasmas do Império” apresenta obras de Fernando Matos Silva, João Botelho, Margarida Cardoso, Hugo Vieira da Silva, Ivo M. Ferreira, Manuel Faria de Almeida, Joaquim Lopes Barbosa. Estes sete cineastas de diversas gerações, assim como José Manuel Costa, diretor da Cinemateca, e Maria do Carmo Piçarra, investigadora, abrem os cofres da memória, dialogando com os atores Ângelo Torres e Orlando Sérgio. Desvendam os mitos das descobertas, a ficção imperial, a fábrica da epopeia colonial, as máscaras da dominação... tudo fantasmas que persistem até hoje, e que brevemente poderão ser revisitados nas salas de cinema nacionais.

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