Histórias do Cinema - 6 a 10 de Fevereiro 2017 - Cinemateca
Jonathan Rosenbaum é um dos críticos e investigadores mais conhecidos da sua geração. Colaborou regularmente no Chicago Reader e no Village Voice e em revistas como os Cahiers du Cinéma, Sight & Sound, Trafic, Cineaste e Film Quarterly e publicou diversos livros, entre os quais Essential Cinema: on the necessity of film cannons; Moving Places: the practice of film criticism e Goodbye Cinema, Hello Cinephilia: Film Culture in Transition, além de estudos sobre GREED (Erich von Stroheim) e DEAD MAN (Jim Jarmusch).
É membro do júri que premia os melhores dvds do ano, no âmbito do Festival Il Cinema Ritrovato. Como crítico, abordou tanto o cinema clássico como o moderno, tendo sido um dos mais ardentes defensores do cinema de Jacques Rivette e Chantal Akerman. Depois de ter apresentado na Cinemateca, e no âmbito desta mesma rubrica “Histórias do Cinema”, uma semana dedicada à obra de Orson Welles, regressa agora com um programa onde se foca a obra de Erich von Stroheim como realizador, outro dos seus maiores interesses.
Erich von Stroheim (1885-1957) é um nome lendário do cinema americano dos anos vinte, época de consolidação das estruturas de produção de Hollywood e, decorrentemente, de um determinado modelo de filmes. Stroheim, justamente, tornou-se célebre pelo constante desafio a esses modelos e a essas estruturas, permanentemente postas em causa pelo seu visionarismo e pela sua ambição, movidos por uma ideia muito pessoal da vocação “realista” do cinema. Em vários projetos acabou despedido pelos produtores, noutros o controlo foi-lhe tirado das mãos e o resultado final desfigurado, até que se tornou “persona non grata” em Hollywood, tendo-se a sua obra como realizador concluído, “à força” e definitivamente, no princípio dos anos trinta. GREED, porventura um dos projetos mais megalómanos em toda a História do cinema, que subsistiu apenas numa versão aproximativa da visão do cineasta, ficou como o símbolo maior da frustração de Stroheim, o “filme mártir” de um “cineasta mártir”.
Mais informações aqui.