Pere Portabella na Cinemateca, em março

PERE PORTABELLA NA CINEMATECA

O realizador espanhol Pere Portabella vai estar em Lisboa no final de março para apresentar algumas sessões da retrospetiva que a Cinemateca lhe dedica no ciclo Questões de Interesse Geral para Projeções Públicas: o Cinema de Pere Portabella (de 20 a 31 de março). Além de apresentar a sua obra, o cineasta irá apresentar VIRIDIANA, de Luís Buñuel, filme que produziu, no dia 29, na sessão das 21h30. No mesmo dia, às 18h30, haverá uma conversa aberta ao público entre Portabella e o filósofo e pensador político Josep Ramoneda e Esteve Riambau, diretor da Filmoteca de la Generalitat de Catalunya, sobre a obra do realizador e a relação do cinema com a política e as artes, temas fundamentais nos filmes de Pere Portabella.

À exceção de UMBRACLE, CUADECUC, VAMPIR, DIE STILLE VOR BACH, os filmes de Portabella exibidos neste ciclo são primeiras exibições na Cinemateca.

Consulte aqui o programa completo.

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Sobre Pere Portabella

Pere Portabella, nascido em 1929 em Figueres (Catalunha), é um dos maiores cineastas espanhóis em atividade, embora o grosso da sua obra ainda seja, para o público português, um “segredo”, visto que nenhum dos seus filmes foi comercialmente distribuído no nosso país, e a sua divulgação se limitou a projeções na Cinemateca ou em festivais. Ativo como realizador desde os anos 60, com um passado de militância anti-franquista (“chave” pela qual devem ser lidos alguns dos seus filmes, como o díptico “de vampiros” CUADECUC e UMBRACLE, subtis “projeções” da figura de Franco) e profundamente envolvido na política na era democrática (foi deputado no parlamento catalão), a sua obra, sempre seguindo caminhos inesperados e voando sobre as fronteiras tradicionais do documentário e da ficção, toca diversos temas – da política (INFORME GENERAL, reflexão sobre a situação de Espanha na época da transição depois da morte de Franco) à cultura catalã (as suas curtas sobre Miró, entre outras), passando por questões mais “universais” (como DIE STILLE VOR BACH, fascinante reflexão sobre a música de Bach e o seu simbolismo “civilizacional”). Como produtor, foi responsável por essa “bomba” que marcou o regresso episódico de Buñuel a Espanha e causou um grande embaraço ao estado franquista (falamos de VIRIDIANA e subsequente “escândalo”), mas também pelo impulso dado ao arranque das obras de Carlos Saura e Marco Ferreri.

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